Eulália Maria Aparecida de Moraes; Christian Fausto Moraes dos Santos. Um iluminista na América Portuguesa: As memórias do naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira no século XVIII.
A efervescência das conquistas filosóficas iluministas que percorriam a Europa deixaram as Ciências Naturais portuguesas, até certo ponto, à margem dos acontecimentos. Contudo, em 1764, sob a administração centralizadora do Marquês de Pombal, Sebastião José de Carvalho e Melo (1751-1777), projetaram-se algumas reformas na área da educação e cultura, não sem dificuldades, diga-se de passagem, uma vez que dentro do despotismo esclarecido, algumas decisões poderiam colocar em risco o Estado absolutista – comprovam-no a desarticulação das escolas jesuíticas no Brasil e Portugal. Não obstante às questões políticas conservadoras, as reformas do ensino primário, secundário e universitário foram levadas a efeito por Pombal1. Para a reforma Universitária de Coimbra indicou um italiano, Domenico Vandelli, um doutor da Universidade de Pádua e correspondente de Linnaeus.