Cova asteca sem precedentes é descoberta no México Imprimir
Escrito por Bruno Mosconi Ruy   
Ter, 14 de Agosto de 2012 09:59

Arqueólogos mexicanos descobriram uma cova humana sem precedentes, na qual o esqueleto de uma jovem mulher encontra-se cercado por uma pilha de 1789 ossos humanos. Os pesquisadores encontraram a cova a cerca de cinco metros abaixo da superfície do Templo Mayor, na Cidade do México, ao lado do que pode ter sido uma "árvore sagrada” da antiga capital asteca.

O Instituto Nacional de Antropologia e História disse que a descoberta foi a primeira de seu tipo, salientando que os astecas não eram conhecidos pela prática de sacrifícios em massa ou pelo remanejamento de ossadas para acompanhar o enterro de um membro da classe dominante. Exceto em circunstâncias extraordinárias, eles desempenhavam seus ritos fúnebres através da cremação, na contramão das demais culturas pré-hispânicas.

Embora não esteja originalmente envolvida no projeto, a arqueóloga Susan Gillespie, da Universidade da Flórida, concorda com a raridade do achado para a cultura asteca. Ela afirma que mesmo quando os maias remanejavam os corpos de suas vítimas sacrificiais para enterros reais, as ossadas eram eventualmente encontradas de forma organizada, e não aleatoriamente dispersas como neste episódio recente. O caso asteca é ainda mais surpreendente, pois  “depósitos funerários para elites desta tradição raramente são encontrados", complementa Gillespie.

O Instituto confirmou que alguns dos ossos, sobretudo esternos e fragmentos de colunas vertebrais, mostram o que podem ser marcas e cortes comuns a rituais de sacrifício, mas acrescentou que não parece provável que os indivíduos tenham sido sacrificados no local, porque as ossadas não formam um conjunto homogêneo.

Fonte.  

Última atualização em Ter, 14 de Agosto de 2012 10:21