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Histórico

O curso de Licenciatura Plena em História foi criado em dezembro de 1966, pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, para atender às demandas regionais na qualificação de recursos humanos para o ensino de 1o. e 2o. graus na área de História e para o ensino superior nas áreas História, Geografia e Pedagogia. A Faculdade de Filosofia registrou suas primeiras atividades ofertando cursos diurnos, com 05 horas diárias. A duração da licenciatura em História compreendia cerca de 2900 horas/aula, integralizadas em 04 anos letivos.

A partir de 1971, com a Universidade já instalada, o curso de História passou a ser ofertado em turno noturno, mantendo a duração de 04 anos. O curso noturno não registrou nenhuma alteração curricular, apenas a redução da hora/aula de 50 para 40 minutos, propiciando as adequações necessárias e ofertando aulas aos sábados.

Entretanto, em consequência da RESOLUÇÃO No. 01 – CFE, de 17 de fevereiro de 1972, houve a adequação do fluxograma do curso ao regime semestral, reduzindo a carga horária total para cerca de 2400 horas/aula. Registra-se aí, a primeira experiência de adaptação de grade curricular, com grandes transtornos para os discentes, pois acarretava a redução de um período de 01 (um) ano na duração do curso. Tal redução viabilizou-se de duas formas: 1) por meio da concentração de conteúdo de duas disciplinas em uma; e, 2) a redução pura e simples da carga horária das disciplinas ofertadas.

Com a extinção do curso de Estudos Sociais, em 1980 obteve-se a aprovação de uma nova proposta curricular para a licenciatura plena em História com duração de 04 anos – RESOLUÇÃO No. 044/80 CEP, de 22 de julho de 1980. A partir de 1982, dentro do regime de matrícula por disciplina, o currículo do curso de História passou por alterações nas ementas e programas de suas disciplinas e foram introduzidas várias disciplinas eletivas. Tal mudança visava o estudo de questões contemporâneas, bem como a preparação do futuro profissional para a pesquisa. O número de inscrito ao concurso vestibular para o curso de História aumentou gradativamente desde 1981 e a partir de 2/1984 se manteve entre 110 e 150 candidatos. Em 1/91 o curso tinha 251 alunos matriculados. O número de profissionais formados se manteve, a partir de 1987, entre 10 e 15 por semestre, que receberam o grau de Licenciado em História. No primeiro semestre de 1991 houve 18 formandos, perfazendo um total de 367 formados.

Em 1991 foi aprovado um novo Projeto Pedagógico do Curso de História que continha, além da habilitação Licenciatura, a habilitação Bacharelado. O novo currículo foi implantado no ano seguinte. Portanto, o currículo hoje em vigor foi implantado em 1992, com o regime seriado anual, por meio da RESOLUÇÃO No. 192/91 –CEP, de 18 de dezembro de 1991. Há que se ressaltar que a partir do ano de 1997 a habilitação Bacharelado deixou de ser oferecida, pela ausência de demanda.

Em 2004 foi implantado um novo currículo para o curso de História, baseado no regime seriado anual, com a oferta da habilitação licenciatura, com duração mínima de quatro e máxima de 8 anos. Em 2005 foi aprovado outro projeto pedagógico de curso que extinguiu a habilitação bacharelado, manteve apenas a licenciatura e instituiu componentes curriculares optativos (disciplinas e tópicos especiais). Além disso, para atender às exigências da legislação federal, foi ampliada a carga horária de Estágio Curricular Supervisionado e de Metodologia do Ensino. Em 2008, o projeto pedagógico do curso de História passou por novas alterações, visando adequações da carga horária mínima exigida pelo Conselho Nacional de Educação, de 2800 horas/relógio e introduziu a disciplina de Libras.

Em 2010, segundo semestre, foi criado o curso de História, Licenciatura Plena, no município de Ivaiporã, campus Regional do Vale do Ivaí (CRV), para atender uma demanda da região do Vale do Ivaí na formação de recursos humanos para atuar na Educação Básica (séries finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio). Ofertado no período noturno, com duração mínima de 4 anos letivos e máxima de 8 anos, o curso tem a mesma estrutura curricular do campus sede – Maringá. O Departamento de História oferece também, o curso na modalidade a distância (EaD), criado no ano de 2010, e o curso de Formação de Professores da Educação Básica (ParFor) ofertado por intermédio do Plano Nacional da Educação Básica. No ano de 2017 o projeto pedagógico do Curso de História passou por nova alteração para adequar-se às normativas do Conselho Estadual de Educação (Deliberação 001/2017-CEE), Deliberação 001/2017-CEE, no que diz respeito à obrigatoriedade de atender as Resoluções do Conselho Nacional de Educação no tocante às Diretrizes para a Educação das Relações Étnico-Raciais(01/2004-CNE); de Direitos Humanos (Resolução 01/2012-CNE); de Educação Ambiental (Resolução 002/2012-CNE) e de Políticas Públicas e Gestão em Educação; e da obrigatoriedade do ensino de história e cultura indígenas na educação básica.

No ano de 2017, o curso de História da Universidade Estadual de Maringá, comemorou cinquenta anos. Ao longo deste meio século de existência, o curso e a instituição, vêm cumprindo relevante papel regional em termos de consolidação de uma política de oferta de cursos de graduação, para formação profissional, tanto para a região de Maringá, quanto para outras regiões nas quais a UEM têm os campus avançados nos municípios de: Cianorte, Goioerê, Cidade Gaúcha, Diamante do Norte; Ivaiporã e Umuarama, avançando no processo de interiorização e expansão da rede pública de educação superior para a formação de profissionais, sendo mais de 60 cursos de graduação, além de oferta de cursos de pós-graduação, lato sensu (especialização presencial e na modalidade EaD) e stricto sensu (mestrado e doutorado acadêmicos e mestrado profissional).

O Projeto Pedagógico de 2004 apresentava carga horária total de 3056 horas/aula sendo 408 horas de Estágio Curricular Supervisionado, e 200 horas de Atividades Acadêmicas Complementares (AAC). O Projeto pedagógico então proposto resultava de uma análise do currículo em vigor. Concluímos que, além das exigências legais, se fazia necessária sua revisão. A formulação desta proposta leva em consideração tanto questões de ordem legal, quanto questões de ordem didático-pedagógicas.

Nas questões de ordem didático-pedagógicas foram observados os seguintes princípios:

1) O perfil dos formandos;

2) A flexibilização na organização da grade curricular: a) criação de disciplinas optativas que podem direcionar a formação do graduando segundo seu próprio interesse, na medida em que o campo de atuação do historiador pode ampliar-se consideravelmente, e b) a atual condição do Departamento de História, a saber, o atual quadro docente, bem como o investimento constante na criação de Laboratórios de Ensino e Pesquisa, que acabam por auxiliar na tão almejada ligação entre ensino, pesquisa e extensão.

No que diz respeito às questões legais foram consideradas a LEI No. 9.394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional; RESOLUÇÃO No. 079/2004 – CEP que aprova as Diretrizes do Ensino de Graduação da Universidade Estadual de Maringá; RESOLUÇÃO No. 118/2004 – CEP que estabelece diretrizes para elaboração de projetos pedagógicos dos cursos de graduação com habilitação em licenciatura plena para a formação de professores para atuação nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio. PARECER No. 492/2001 – CNE/CES, homologado em 09 de julho de 2001; PARECER No. 1.363/2001 – CNE/CES, homologado em 25 de janeiro de 2002; a RESOLUÇÃO No. 13 – CNE/CES, de 13 de março de 2002, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em História; o PARECER No. 1.362/2001 – CNE/CES, que estabelece a carga horária para Prática de Ensino e Estágio Curricular Supervisionado; a RESOLUÇÃO 027/2005 – CEP, que dispõe sobre o Estágio Curricular Supervisionado nos cursos de graduação da Universidade Estadual de Maringá.